domingo, 13 de abril de 2008

GOVERNO FEDERAL GASTA R$1 BILHÃO COM VIAGENS.

O governo federal gasta mais de R$ 1 bilhão por ano com viagens, incluindo despesas com passagens, hospedagem e locomoção. Quase sempre, os servidores públicos optam pelo conforto e a rapidez do avião. As diversas esferas da administração recorrem ao pregão eletrônico para escolher as empresas que fornecem bilhetes mais baratos ao governo. O que não se sabia até agora é que esta modalidade de licitação pudesse esconder irregularidades. O Sindicato das Empresas de Turismo em Brasília, o Sindetur, apresentou ao Ministério Público Federal uma representação apontando irregularidades nas compras de passagens para o governo. O MPF instaurou procedimento administrativo e deve chamar 22 agências de turismo de vários Estados para dar explicações.
O presidente do Sindetur, Rai- B R A S I L mundo Fontenele Melo, suspeita que os pregões escondam operações ilícitas, em razão dos descontos concedidos pelas empresas, que em muitos casos, diz, representam mais que o dobro da possível margem de lucro. “Ou estão lavando dinheiro ou estão fazendo algo que não é concebível”, diz Melo.
Das 22 agências de turismo acusadas pelo Sindetur de envolvimento em negócios irregulares, oito são filiadas ao próprio sindicato. Na representação, Melo pede que o MPF investigue todos os pregões em que estas empresas sagraram-se vencedoras, negócios que envolvem a venda de R$ 205 milhões em passagens para 40 órgãos públicos e seis Ministérios. O sindicato afirma que os descontos oferecidos pelas empresas nestes pregões são “inexeqüíveis”. Ele fala na existência de “esquema”, que incluiria o não pagamento aos órgãos públicos do reembolso de passagens não utilizadas, para compensar esse tipo de negócio. O procurador Marco Aurélio Alves Adão, responsável pelo caso, explica, por intermédio da assessoria do MPF, que todas as informações recebidas estão sob análise e que prefere manter tudo sob sigilo.

Fonte: TERRA

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